domingo, 29 de abril de 2018

Marcos Fernando Kirst fala de Zédosrios


VOZ A QUEM TEM A DIZER
(Crônica de Marcos Fernando Kirst publicada no jornal "Pioneiro", de Caxias do Sul, em 8 de janeiro de 2018)
“Cultura e alimentação saudável, sendo que, também, cultura é alimentação saudável”. O trocadilho repleto de significado, característica típica do autor da frase, é o mais recente mantra envergado por um dos mais expressivos batalhadores da cultura caxiense nas últimas décadas (que já somam quase meio século): o artista multifacetado conhecido como Zé do Rio. Nascido José de Oliveira Luiz em 21 de agosto de 1938 no Rio de Janeiro, o Zé vem vivenciando diariamente, desde dezembro do ano passado, a celebração dos seus 80 anos de vida, que culminam daqui a alguns meses, na data natalícia. A celebração da vida, segundo afirma, se dá desde o momento da concepção, que ele acredita ter sido, no seu caso, em alguma noite de dezembro, um idílio cujo resultado foi essa personalidade ímpar que vem fazendo a diferença na Serra Gaúcha desde que escolheu Caxias do Sul para viver, em 1975.
À beira de completar oito décadas de existência, Zé do Rio esbanja vitalidade física, mental, psíquica e cultural. Adepto de um estilo de vida saudável que inclui cuidados com a alimentação e também com a manutenção da saúde da mente e do espirito, o artista é o exemplo prático de que uma dieta temperada com cultura faz toda a diferença. “Envelhecer é uma sorte, é uma arte e é uma graça. Com saúde, é uma bênção”, decreta, sempre que reflete sobre a longevidade alcançada, marca que muitas vezes mede em minutos (quando a Câmara de Vereadores lhe outorgou o título de Cidadão Caxiense, em 2010, Zé do Rio, então aos 72 anos, contabilizava algo em torno de 37 milhões de minutos vividos). Minutos esses dedicados à causa da cultura, desempenhada por ele, de forma autodidata, talentosa e competente, em áreas como a publicidade, a fotografia, as relações públicas, o teatro, a escrita, a poesia... 
Dono de concepções e ideias próprias, Zé do Rio não se cala e gosta de dizer em público, em alto e bom som, aquilo que pensa, exercendo na plenitude o direito inalienável de todo o ser humano de se expressar sem censura ou amarras. Quem questiona incomoda, em especial aos medíocres, que se autoprotegem por meio do artifício de tentar desmerecer os que lhes colocam o dedo na ferida. Zé é o Grilo Falante da cidade, a consciência que alguns preferem varrer para debaixo do tapete, ainda mais quando o assunto é cultura (“cultura é o saber fazer de cada um; cada um tem o seu cultivar”, reitera). Sorte da cidade que possui um Zé do Rio ativo entre seus cidadãos. Nós, aqui, ganhamos o presente de conviver com o quase octogenário Zé do Rio de Caxias. Deixa o Zé falar!

Ladainha do medo

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Operando contra o país: o papel do Banco Central no Golpe de 2016

Operando contra o país: o papel do Banco Central no Golpe de 2016: - Inimigo externo: o Brasil tem ao redor de 450 bilhões de dólares não declarados no exterior, operando ciclicamente contra si. Essa massa de dinheiro se comporta como investidor estrangeiro: ganha quando o Brasil perde, pois realiza lucros em dólares e não em reais.
- Mas, diferentemente do investidor estrangeiro verdadeiro, opera em um mercado que bem conhece. Inclusive contando com informação privilegiada para se posicionar. Quando não com operações estruturadas sob medida por seus sócios no poder, possibilitando ganhos ainda maiores, em mecanismo de dupla alavanca.
- E quem são os verdadeiros donos de tanto dinheiro não declarado no exterior? Trata-se de recursos, em sua maioria, de origem ilícita. Cuja origem remonta ao modo de operar pós-instituição da correção monetária, no Regime Militar.